ARTE NAS RUAS DE LIVERPOOL


Se deparar com uma escultura inusitada no meio da rua, no centro da cidade onde moramos, é sempre uma surpresa agradável. Tive essa experiência recentemente aqui em Liverpool. Ao chegar à Wolstenholme Square fui surpreendida pelo colorido, tamanho e movimento da peça Penépole, do escultor cubano Jorge Prado. A obra, de 2006, faz referência à personagem homônima, da mitologia grega, que fielmente esperou durante vinte anos pela volta de Ulysses, seu marido, da guerra de Tróia, tecendo uma colcha. Era a primeira vez que caminhava por ali e não perdi a chance de fotografar a peça (foto acima).


Homens Nus na Crosby Beach, em Liverpool

Liverpool é uma cidade histórica; em toda esquina a gente cruza com esculturas que homenageiam monarcas ou lembram batalhas memoráveis. Mas algumas peças contemporâneas também têm a sua vez - como as cem esculturas, do artista plástico Antony Gormley, de homens nus (isso mesmo, nus!).  Esculpidas em ferro, entre 2005 e 2006, elas estão  espalhadas numa faixa de 3,2 quilômetros de areia na praia de Crosby.  O artista batizou seu trabalho de Another Place ('Um outro lugar'), referência à melancolia inerente dos imigrantes, que sentem muita saudade de sua terra natal, mesmo sonhando e buscando um novo futuro em um outro país. 

Outro exemplo bacana: a escultura Coming Together (1999), do artista Stephen Broadbent , fica no sul da cidade. As linhas curvas me lembram um pouco o trabalho do Oscar Niemeyer - o que vocês acham? 
As Lambananas se multiplicam
nas ruas  de Liverpool

Uma outra obra moderna que anima várias ruas da cidade é a estranha (mas divertida!) Lambanana, que como o nome sugere, é uma mistura de carneiro com uma banana. A primeira lambanana foi criada em 1998 pelo artista plástico japonês Tairo Chiezo como forma de alertar o público sobre os perigos do avanço da engenharia genética. Elas se multiplicaram ao longo dos anos e hoje podem ser vistas dezenas pelas ruas em cores vibrantes.

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