DESACELERAÇÃO DA ECONOMIA BRASILEIRA REFLETE NA INGLATERRA


A revista britânica The Economist  levantou a lebre : o cartoon que ilustra a matéria de capa da sua última edição mostrava as dificuldades enfrentadas por Brasil, China, India e Russia em completar uma corrida. A ilustração retrata com perfeição a  desaceleraçao da economia dos Brics - grupo dos emergentes Brasil, Rússia, India, China - que, segundo especialistas ouvidos pelo programa 'Sem Fronteiras', da Globo News, está afetando a economia européia como um todo. O Reino Unido, claro, está incluído nesse grupo.

Vamos entender melhor essa estória. A economia do Reino Unido ainda enfrenta os efeitos de um grave e prolongado período de recessão - o pior desde o pós-guerra. A recessão, fruto da crise financeira mundial de 2008, finalmente parece estar dando sinais de lenta e tímida recuperação. Mas essa recuperação depende, entre outros fatores, do crescimento de países como o Brasil e especialmente a China, que são mercados consumidores de produtos europeus. Ou seja: o crescimento do nosso país e dos outros Brics impulsiona a economia da Europa; então quando o Brasil não cresce muito ( e a estimativa da própria revista é de crescimento do PIB brasileiro a cerca de 2,5% esse ano), a notícia também não é boa na Inglaterra.

O PIBinho do Brasil reflete, segundo o relatório 'Panorama do Crescimento Global', recentemente publicado pelo FMI, "gargalos de infraestrutura e outros problemas de capacidade, menor crescimento da demanda externa, preços de commodities mais baixos, preocupações com a estabilidade financeira global e, em alguns casos, suporte político débil". Essa opinião é compartilhada por muitos especialistas no Brasil, como Samuel Pessoa, pesquisador da FGV, que ressalta que políticas públicas que estimulam uma presença forte do Estado na economia também contribuíram para a o ritmo econômico perder fôlego.

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