ATIVISMO ONLINE NA INGLATERRA


Na Inglaterra, o ativismo online tem uma força incrível e conta com várias redes articuladas para atingir um número cada vez maior de pessoas. Organizaçōes como a 38 Degrees e a Change.org divulgam  na rede abusos de órgãos públicos e privados e instigam os internautas a clicar nas causas que eles mais acreditam.  Conseguindo no mínimo 100 mil assinaturas, o governo garante que o protesto será debatido na House of Commons.


A 38 Degrees já mostrou sua força através de campanhas online - como o "Save Our NHS", que denunciava problemas no sistema público de saúde e recebeu 430 mil assinaturas, além de enviar 80 mil emails a politicos. Aliás, a saúde é preocupação permanente dos cidadão britânicos: o abaixo-assinado contra privatização de serviços no setor já conta com mais de 358 mil assinaturas. As idéias para futuras campanhas são discutidas e votadas noFacebook, blog e site.  Já o abaixo-assinado que pede o afastamento do primeiro-ministro David Cameron conta com 20 mil assinaturas...

O clicktivismo encontra ressonância até no próprio governo: o seu site E-petitions, permite que qualquer cidadão possa criar um abaixo-assinado sobre qualquer assunto que esteja sob responsabilidade do governo. 

Isso, vale lembrar, NÃO acontece no Brasil. Segundo li em reportagem no jornal O Globo, as coletas de assinatura online não têm valor legal . Ou seja: a reunião de 1,6 milhōes de assinaturas contra a permanência de Renan Calheiros na presidência do Senado não teve nenhum efeito prático. Abaixo-assinados online são um instrumento poderoso de protesto  e podem pressionar o governo, mas não são válidos para projetos de iniciativa popular. 

O mesmo aconteceu com os protestos na Internet 
contra o deputado e atual presidente da Comissão dos Direitos Humanos Marco Feliciano (com toda a razão, é um absurdo ele assumir tal cargo). 

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2 comentários:

  1. O ativismo online tem facilitado para que pessoas conscientemente políticas, mas com pouca disponibilidade para manifestações nas ruas, devido ao pouco tempo que sobra para coisas além do trabalho e filhos, possam expressar sua opinião publicamente e tentar influenciar nas decisões políticas de cada país. Aqui no Brasil tenho visto pessoas que nunca pisaram numa passeata, mas que têm sido bastante engajadas online.

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  2. Claudia: Eu participei das diretas-já, passeatas contra violência no Rio etc, mas atualmente tenho me expressado mesmo online. Não apenas por causa da distância geográfica (quando o assunto é sobre o Brasil), mas ativismo online é mais prático - concordo com você. Bj, Claudia

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