REINO UNIDO À VENDA, GARANTE LIVRO

A tradicional Harrods, uma das dezenas de lojas no Reino
Unido de propriedade de estrangeiros

Se você está passeando pela primeira vez em Londres, provavelmente vai tentar fazer dessa uma viagem especial, procurando ter experiências autenticamente britânicas. Algo como um tour pela cidade a bordo de um double decker (aquele ônibus vermelhinho de dois andares que percorre os sites turísticos), tomar um chá da tarde no centenário hotel Dorchester, ou fazer compras na sofisticada Harrods, antes de pegar um avião de volta para casa. 

No entanto, pasme!, nenhuma dos passeios acima pode ser mais classificado como  verdadeiramente britânico. Os double deckers são de propriedade de um empresa alemã; o Dorchester é de nacionalidade canadense, a Harrods foi comprada por uma firma baseada no Catar (Oriente Médio), e a maioria dos aeroportos do país são administrados por empresas espanholas.

O jornalista do Daily Mail Alex Brummer acaba de publicar o livro "Britain for Sale: British Companies in Foreign Hands"  (Reino Unido à Venda: Empresas Britânicas em Mãos Estrangeiras) no qual alerta que em pouco tempo todos os britânicos estarão trabalhando para estrangeiros. Exagero ? Mas vale a reflexão, especialmente quando Brummer revela que em 2009 estrangeiros adquiriram empresas britânicas no valor de 30 bilhões de libras; esse número subiu para 54.6 bilhões em 2010. Ainda segundo o jornalista, mais da metade dos bens do Reino Unido são propriedade agora de outros países.

A lista de firmas que passaram para as mãos dos estrangeiros é longa e diversificada, e inclui todos os setores: lojas populares, como a Boots (pelos italianos), ou sofisticadas, como a Selfridges (canadense), hotéis de luxo, como o Savoy (também canadenses), serviços públicos, como a British Electricity (francesa), e empresas automobilísticas, como a Jaguar Rover (India), só para citar alguns.

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