Vi recentemente um documentário da BBC e lembrei daquela frase geralmente atribuída a Sartre: "Não importa o que a vida fez de você, mas o que você faz com o que a vida fez de você". Foi bem isso que o britânico Simon Weston fez: enfrentou uma tremenda tragédia pessoal com muita dignidade, se recusando a se entregar ao desespero diante do acontecimento. Simon se transformou um símbolo da guerra das Malvinas (1982) ao voltar da guerra desfigurado, marcado para sempre por profundas queimaduras no rosto e corpo.
Na época com apenas 20 anos, ele estava a bordo de um navio que foi bombardeado pelos argentinos - o ataque resultou em 48 mortes. Simon passou por mais de 80 ( !) cirurgias - seu lento e doloroso processo de recuperação foi acompanhado por toda a nação, assim como sua determinação de seguir com a vida. Fundou uma instituição beneficente; escreveu biografias e livros infantis, e hoje continua a participar de eventos para levantar verba para ajudar veteranos de guerra, além de ser conferencista.
Hoje, 32 anos mais tarde, ele foi escolhido numa votação popular que decidiu qual a figura britânica deveria ter a honra de ter seu retrato pintado e pendurado na National Portrait Gallery - museu criado em 1856, em Londres, para exibir portraits de britânicos famosos. O retrato de Simon está agora ao lado de monarcas como Elizabeth I e Henrique VIII ou estadistas como Churchill. Bacana, né?
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Coisas de um país que tem memória e não esquece sua história.
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