Casais ingleses que enfrentam dificuldade em engravidar estão recorrendo a barrigas de aluguel na Índia. Segundo o jornal The Times, trata-se de uma das indústrias de maior crescimento do país asiático, movimentando cerca de 250 milhōes de libras por ano. Legalizido na Índia em 2012, o negócio atrai milhares de jovens indianas de vilarejos rurais ; é fácil entender o porquê se a gente lembrar que cerca de 841 milhōes de pessoas (69% da população) ainda sobrevivem com menos de 1, 25 libra por mês no país.
Além de britânicos, casais americanos e japoneses também procuram a Índia em busca de mães de aluguel, especialmente por causa do alto custo custo do procedimento em seus países da origem. Na clínica da médica indiana Nayna Patel, clientes pagam cerca de 27 mil libras - valor que mesmo com as despesas adicionais com viagem e hospedagem corresponde a apenas uma fração do investimento que teriam que fazer em outros lugares. Em retorno, as mães de aluguel recebem cerca de 4 mil libras e recebem acomodação gratuita e acompanhamento em surrogate houses (alojamentos de māes de aluguel) durante a gravidez e por três meses após o parto.
Apesar de legalizado, o negócio - apelidado por parte da mídia britânica e americana de 'fábrica de bebês' - não é regulamentado e constantemente sofre acusaçōes de explorar a vulnerabilidade de jovens indianas carentes. Mas, para a londrina Rozyn, que está na Índia aguardando a liberação dos documentos para poder voltar para a Inglaterra com a sua filha, nascida de uma barriga de aluguel, não existe exploração. "The surrogates are giving this amazing gift to you - and you are giving them something in return as well "(As mães de aluguel te dão esse incrível presente e você dá a elas algo de volta também") disse ela ao The Times.
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