JORNAL INGLÊS CRITICA ECONOMIA DO BRASIL


O caso de amor da mídia inglesa com o Brasil parece ter chegado mesmo ao fim. Recentemente, o influente jornal inglês Financial Times criticou em editorial a economia brasileira, afirmando que a sensação de que tudo corre bem no país é apenas "uma fachada" e que o Brasil estaria, novamente, perdendo uma oportunidade histórica: a de se transformar numa potência do primeiro time. Segundo o editorial, o Brasil “corre o risco, mais uma vez, de frustrar imensas expectativas”. Para o jornal,  o estilo “mandão” de Dilma Rousseff é bom para evitar a corrupção, mas estaria atrasando a economia, especialmente o investimento. 


2008: caso de amor com o Brasil de vento em popa

A mídia inglesea - assim como vários veículos de internacionais - oscilam na sua relação amorosa com o Brasil. Já passaram por um período de paixonite com o país - basta lembrar a capa da revista britânica The Economist em 2008, com uma imagem do Cristo Redentor decolando num foguete. Um ano mais tarde, a mesma publicação dedicava um suplemento especial elogiando a nossa economia, com a manchete Getting It Together At Last (Chegando lá finalmente). Em 2010, com o crescimento do PIB brasileiro em 7,5%, a euforia e a expectativa positiva da mídia pareciam ainda aumentar. Mas essa fase terminou.  


Em 2009: confiança ainda em alta no país

O economista e professor da Unicamp Luiz Gonzaga Belluzzo respondeu à provocação do Financial Times de maneira zombateira, no programa Globo News Painel, dizendo que os ingleses têm experiência em questão de declínio - a Inglaterra, que já foi potência mundial no século XIX, hoje ocupa um papel secundário no cenário mundial; principalmente do ponto de vista industrial e produtivo, apesar de ainda oferecer uma praça financeira importante.  

Para o economista Eduardo Gianetti, professor do Insper,  a opinião que a mídia internacional tem do Brasil não deveria causar o impacto no nosso país. Para ele, a reação da presidente Dilma à opinião de um outro jornal inglês (o Financial Times), no ano passado, que criticou duramente a economia brasileira, é um comportamento absurdo, uma verdadeira hipersensibilidade desmedida a uma opinião alheia.     

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