Quando assistimos a séries de época, como Downton Abbey, imaginamos que a maioria das leis e convençōes retratadas na telinha sejam coisa de um passado distante. Mas nem tudo é tão ultrapassado. Por mais incrivel que pareça, a transferência de títulos de nobreza e de grandes propriedades rurais unicamente para herdeiros do sexo masculino continua valendo no Reino Unido nos dias de hoje. Ou seja: para membros da aristocracia, quem se dá bem é o mais velho herdeiro do sexo masculino, mesmo que o parentesco com o falecido seja distante.
Mas essa lei tradicional - e preconceituosa - começa finalmente a ser contestada pela filhas da nobreza. Por exemplo: a família do Lorde Lambton, que faleceu em 2006, está travando uma disputa judicial acirrada; as filhas não se conformam que sua fortuna, avaliada em 12 milhōes de libras + castelo + título, seja repassada integralmente ao seu único filho homem - o caçula.
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| Injustiça na vida real - e não apenas em Downton Abbey |
Foi apresentada recentemente na Câmara dos Comuns e na Câmara dos Lordes dois projetos de lei que visam a permitir que os títulos e propriedades possam ser transmitidos e herdados para filhos homens ou mulheres. A questão ganhou força desde a aprovação de uma lei que permite que o primogênito do monarca herde a coroa - seja ele menino ou menina. "This is about much more than titles and the aristocracy; this is symbolic. It is about the principles of fairness and equality" ("O assunto vai além de questōes sobre títulos e aristocracia; é simbólico. É sobre os princípios de justiça e igualdade"), disse a deputada Mary Macleod, uma das autoras do projeto.
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Tbm é retratado naquele filme "Razão e Sensibilidade", onde as irmãs ficam pobres e o mais velho fica com tudo!
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