Essa semana foi super movimentada e estressante para os mais de um milhão de jovens que se candidatam, anualmente, a uma vaga em uma universidade no Reino Unido. Por que? Porque anteontem foi o prazo final que os estudantes tinham para enviar às faculdades a documentação necessária para o início do processo seletivo.
Por aqui, o processo de ingresso numa universidade é diferente do Brasil. Para começar não existe vestibular. O aluno conquista uma vaga de acordo com o desempenho acadêmico que ele apresentou no colégio. No popular: se o histórico escolar for excepcional, ele conquista um lugar numa universidade excelente; se for bom, ele entra para uma faculdade média. E se for medíocre, ele não entra em nenhuma mesmo.
O processo seletivo começa um ano antes de se formarem no ensino médio, quando os estudantes começam a se movimentar para escolher os cursos e universidades de sua preferência. Além de pesquisar na Internet, os alunos comparecem aos open days nas universidades - eventos em que futuros alunos e seus pais podem conhecer o cursos de perto, conversar com coordenadores e professores, visitar as instalaçōes (como salas de aula e laboratórios) e até mesmo assistir aulas. Todos os jovens interessados em cursar uma universidade participam de pelo menos uns dois open days em diferentes universidades - eles garantem que não existe nada melhor para sentir a vibe do lugar.
Depois de escolhido o curso e a universidade é a hora de o aluno tentar convencer a universidade que é inteligente, responsável, bom aluno; enfim, merecedor de uma vaga. Como ele faz isso?
Bem, o primeiro passo é o preenchimento do formulário online da Ucas (University and College's Admissions Service), instituição responsável por fazer a ponte entre os alunos e as universidades. Nesse formulário, além de informaçōes sobre o seu desempenho acadêmico (ou seja: histórico escolar, notas!) , os alunos anexam um 'personal statement'- carta em que em justos 14000 caracteres eles têm que vender um peixão: se apresentam à universidade que escolheram, tentando convencê-la daquilo que escrevi lá em cima: que são, é claro, inteligentes, responsáveis, bom alunos e também têm iniciativa, bom coração, etc etc.
A resposta - se a universidade aceita o aluno ou não - chega no máximo até início de maio. Algumas universidades ainda convidam os jovens para uma entrevista, para certeza que o candidato é bom mesmo, ao vivo e a cores.
Depois, se tudo der certo, é só conferir a poupança: as universidades são todas privadas; a anuidade da maioria dessas instituiçōes é de até 9 mil libras (as super poderosas Cambridge e Oxford tem preços acima disso). Os gastos com acomodação e livros podem chegar a outros 7 ou 8 mil libras. Existe auxílio financeiro do governo para os alunos com renda mais baixa - um instrumento semelhante ao nosso Fies: o Governo empresta o dinheiro, que deverá ser pago após o aluno se formar e estar empregado, ganhando mais de 21 mil libras por ano. E, é claro, os top alunos podem conquistar bolsas de estudo oferecidas pelas próprias universidades.
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Como uma brasileira que termina o ensino médio com 17 anos consegue ir pra uma faculdade inglesa? Como eu faço isso?
ResponderExcluirAs universidades na Inglaterra são privadas - ou seja: caras. Então, a melhor opção é tentar conseguir uma bolsa de estudos. O site do British Council (www.educationuk.org/ ) tem muitas informaçōes sobre o assunto. Tb vale dar uma lida no site Scholarships Developments (www.scholars4dev.com), que traz as 13 melhores opçōes de bolsas de estudo concedidas pelo governo e universidades britânicas a estudantes estrangeiros em 2013/14. Boa sorte!
ResponderExcluirTenho o sonho de, pelo menos, fazer um mestrado na Inglaterra. Apesar de estudar em um excelente sistema de ensino, parece ser realmente dificil ingressar em Cambridge.
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